Estamos vivendo em um período onde a realidade da educação e da tecnologia entraram em conflito. “Uma educação do século XIX, professores do século XX e alunos do século XXI”, ou seja, professores atuando ainda de forma analógica e alunos totalmente digitais. Esse formato de educação precisa ser rediscutido.
Não é de hoje que a educação precisa ser repensada e reinventada. Precisamos de escolas que formem cidadãos globais, onde uma educação básica de qualidade precisa ser implementada. Este cenário de pandemia, mesmo com tantas dores e desafios, nos traz a oportunidade de olhar a vida e fazer conexões entre TEORIA e PRÁTICA, transformando o conhecimento em uma experiência de aprendizado, onde aprendemos com tudo e com todos.
Quando tudo passar, as mudanças vividas terão nos transformado, será impossível voltarmos ao ponto de partida. Pais e professores terão se acostumado a uma nova realidade, onde o ensino estará ainda rodeado por tecnologias. O celular deixará de ser somente uma distração para o aluno e se tornará uma ferramenta (quando bem empregada) a trazer informação para que este aluno transforme o seu conhecimento em uma força impulsionadora.
Certamente estamos ansiosos pelo contato pessoal, pelos abraços, pelas rotinas presenciais. No entanto, não deixaremos de lado a tecnologia que tem sido o principal apoio durante o período de isolamento social, sobretudo no ambiente escolar. Algumas novas tecnologias, até então desconhecidas por boa parte dos educadores, estão impulsionando o aprendizado e enriquecendo as práticas pedagógicas.
Neste sentido, acredito que muitos dos desafios são minimizados quando há a implantação de uma metodologia, onde o equilíbrio de responsabilidade entre pais e professores com relação a formação integral da criança torne se compreensiva e aceitável diante do cenário no qual educadores e famílias, tiveram que passar de uma forma muito brusca e não treinada para uma realidade dita como o “NOVO NORMAL”.
Outro aspecto se refere às questões socioemocionias. Se antes já precisávamos nos dedicar a elas, agora isso se torna imprescindível. Atitudes como acolher, cativar e motivar as crianças, tornam-se básicas para um propósito de programa de formação que esteja atrelado à nova realidade da instituição de ensino… Mas este será tema do próximo artigo.
Marci Antunes
Pedagoga e Pós-Graduada em Educação Infantil
Coordenadora Pedagógica ASB